quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Depois do treino

Você já teve vontade de largar alguma coisa?! Sair de um esporte?! Ou parar de frequentar um lugar?! Nossa... Eu senti isso hoje... Estava treinando hoje, numa boa, quando vou lutar com um cara da academia. Aquele tipo de cara que não percebe que é só um treino, que acha que aquela é a última luta do campeonato. E aí... Aí ele desce com tudo, quer fazer você perder a luta a qualquer custo, e chega já destruindo sua moral e sua vontade de continuar. Esses caras eu tenho vontade de matar...

Mas, no final do treino, depois de várias lutas desanimadoras, um dos meus professores me chama para a luta. Depois de mais uma luta perdida, depois de bater 11, 12, 13 vezes no tatame, ou como dizem por aí, "jogar a toalha", eu digo com toda a certeza do mundo. É maravilhoso você ouvir de um dos professores que você mais admira: "Cara, você tá cada dia melhor." Deus te salve, professor Kleber!

Ah, mestre, a sua homenagem fica pra um outro post... É que o Klebão realmente me tranqüilizou pra caramba hoje...

Mas, enquanto eu fico melhor, o Carlos fica pior... Quer saber como?! Lê aí...

"Carlos e Guilherme começaram a andar para a antiga casa de Belinda. Ao chegarem lá, Guilherme destranca a porta puxando a maçaneta. Era uma casa simples, sem muito luxo, e estava bastante abafada e empoeirada, pois nos últimos dias, nem Guilherme e nem Belinda a arrumara. Carlos entrou na casa dvagar e se assentou no sofá.

- Espera aí enquanto eu pego os celulares e algum dinheiro para o sorvete. - Guilherme entrou em um quarto e voltou rapidamente. - Vamos?! - Chamou ele, já indo para a porta da casa.

Os dois saíram da casa e Guilherme guiou Carlos para uma sorveteria próxima dali. Ao chgarem lá, ambos se serviram de sorvete e se divertiram um pouco. Voltaram para o Hospital, Guilherme entregou o celular para Henrique deu um beijo na bochecha de sua mãe, que ainda dormia. Durante o resto da tarde, Guilherme mostrou a Carlos o Parque da cidade, que era maravilhoso, e também um cinema bem divertido. Ambos voltaram para o hotel e, sem nenhuma ligação de Henrique, foram dormir.



Belinda acordou ainda meio atordoada e zonza com os remédios que tomava. Ao ver Henrique ao seu lado, ficou muito feliz. Apesart de toda a sua elicidade, Henrique estava dormindo. Belinda olhou no relógio na cabeceira da cama e viu que já passava das dez horas da noite. 'Ele deve ter me esperado bastante', pensou. Chamou a enfermeira sem fazer barulho e pdiu alguma comida, pois estava faminta. Quando terminava de comer, Henrique acordou com o barulho que a colher fez na chícara de chá e Belinda lhe deu as boas vindas aos Estados Unidos.

- Bom dia, dorminhoco! - disse, sorrindo um sorriso apagado.

- Olá, Belinda. Você se sente bem?! - Perguntou, preocupado.

- Sim. Um pouco tonta, mas bem. Cansada...

Henrique deu um abraço forte em Belinda e os dois conversaram até altas horas da madrugada, relembrando-se de como foram felizes, ou contando novidades sobre Carlos e Guilherme.



No dia seguinte, a visita ao hospital se repetiu. Guilherme ficou feliz por ver que sua mãe estava acordada, mas profundamente triste por ver o quanto ela estava sendo derrotada pelo câncer. Antes, com cabelos castanho-claros, agora com cabelos negros e sem vida. Todos cumprimentaram Belinda com abraços e Carlos viu como era sua mãe adotiva depois de tanto tempo. O cheiro de hospital e remédios impregnado na pele de Belinda afastou Carlos, qu deu um abraço rápido. Belinda perguntou a Carlos como ia a vida em Horizonte, e a conversa seguiu durante mais ou menos uma hora. Belinda voltara a dormir por causa dos remédios e Henrique ficou para fazer companhia. Carlos e Guilherme saíram um pouco, mas Guilherme estava triste. Ver sua mãe naquele estado era deprimente para quem estava acostumado a vê-la sempre linda.



No dia seguinte, Carlos voltou ao hospital com Guilherme, e no elevador, sentiu uma estranhíssima sensação. Guilherme se olhava no espelho do elevador enquanto carlos olhava para o indicador dos andares do prédio. Ao chegarem no elevador, o tempo que a porta demorou para abrir pareceu uma eternidade.

As vezes, a bondade é cruel. Mas a crueldade é um mal necessário.

Quando a porta finalmente se abriu, Carlos viu Rachel correndo no corredor e indo em direção ao querto de Belinda. Logo atrás dela, um médico muito nervoso. Guilherme gelou de medo e correu atrás de Rachel para saber o que acontecia. Ao chegar no quarto, uma janela que dava para o corredor mostrou uma Belinda se retorcendo em dores, um pouco gmendo, um pouco gritando. Rachel expulsou Henrique do quarto e impediu que Carlos e Guilherme entrassem. O médico injetou na veia do braço de Belinda um tranquilizante, mas ainda demoraria para agir. Belinda segurou forte a mão de Rachel, como se isso pudesse parar ou diminuir a dor que sentia.

Tenha piedade. Não cessará hoje.

Carlos não acreditava no que a voz lhe dizia. Mas decidiu obedecê-la. Desejou que Belinda tivesse uma morte rápida e tranquila, para que sofresse menos. Belinda parou de se retorcer em dores na cama e acalmou-se muito. Seus olhos passaram uma sernidade incrível, e Rachel se assustou. O remédio não era assim tão rápido. Henrique invadiu o quarto e abraçou Belinda, deitando-se sobre ela.

- Lute! Não desista! - falou baixinho, ao ouvido de Belinda, com algumas lágrimas saindo de seus olhos.

Guilherme foi atrás de seu pai, chorando sem parar, soluçando o tempo todo. O médico veriicou os batimentos de Belinda e correu para fora do quarto. Entrou numa sala visinha e pegou um aparelho. Voltou para o quarto e tentou reviver Belinda. Uma, duas, três vezes. Em vão.

O que o Deus da Morte faz, nem o Deus da Vida desfaz."

Ih! Comenta aí XD.
Então, até amanhã, nessa mesma hora, nesse mesmo canal! Até!

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